“No dia primeiro de março de 2020, completa exatamente 131 anos da primeira aparição em
público da transformação da hóstia em sangue no então povoado de Juazeiro, hoje
município de Juazeiro do Norte”, relata a guia do Museu Vivo do Padre Cícero, Franciane
Teles. Para ela a data é especial e deve ser lembrada como um marco histórico do
Município.
Segundo os relatos, durante algumas das celebrações realizadas pelo Padre Cícero, as
hóstias recebidas pela Beata se transformaram em sangue. O evento gerou uma grande
repercussão e dividiu opiniões.
Para apurar o acontecimento, o Bispo do Ceará Dom Joaquim José Vieira, criou uma
comissão para investigar o caso e após exames, testemunhos e depoimentos a comissão
concluiu que realmente houve um milagre já que não conseguiram explicar de forma lógica
o fenômeno. Convencido de que era uma fraude, o Bispo enviou outra equipe para
Juazeiro, esta, convocou a Beata, deu-lhe a comunhão e nada fora do comum aconteceu.
Então, foi concluído que não havia ocorrido um milagre.
Após a segunda apuração, o Bispo suspendeu as ordens sacerdotais do Padre Cícero,
acusando-o de manipulação da fé. No dia 20 de outubro de 2015, uma carta endereçada a
Dom Fernando Panico, bispo da Diocese do Crato, assinada pelo secretário do Estado do
Vaticano, Pietro Parolin, ratificou a reconciliação entre Padre Cícero e a Igreja Católica.