Horto

Bênção do túmulo do Padre Cícero Romão marca 90 anos de vida eterna do Servo de Deus

Na manhã deste sábado, 20 de julho, os romeiros (as) e devotos (as) do Servo de Deus, Padre Cícero Romão Batista, reunidos no Largo da Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Juazeiro do Norte-CE, participaram da Missa em Sufrágio da Alma do Missionário do Sertão, rezando também pelos 90 anos de sua passagem para a vida eterna. A celebração foi presidida pelo Bispo da Diocese de Crato, Dom Magnus Henrique Lopes e concelebrada por bispos do Regional Nordeste 1 – Ceará. 

Em sua homilia, o pastor diocesano afirmou que o “Padre Cícero assumiu a paternidade do Bom Pastor para com aqueles que se achegam como órfãos do mundo, esquecidos e entregues à aspereza da seca, da fome, do abandono, daqueles que faziam o caminho tão miserável. Tornou-se pai, amigo, irmão, pastor, padrinho, com o coração movido pela misericórdia de Deus. Era 20 de julho de 1934 e, naquele dia, um humilde sacerdote encerrava sua passagem por esta Terra, entregando com confiança sua alma a Deus, pela proteção de Nossa Senhora das Dores. A memória e herança espiritual do Padre Cícero permanecem vivas no coração das novas gerações, 90 anos depois de sua morte”, declarou Dom Magnus. 

Dom Magnus Henrique Lopes, Bispo da Diocese de Crato
Foto: Thaís Cândido

Após a Santa Missa, todo clero e o Povo de Deus, foram em direção ao túmulo do Patriarca do Nordeste, que está sepultado no interior da Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Lá, os bispos de outras dioceses, junto ao Pastor Diocesano de Crato, depositaram uma coroa de flores em honra ao Padim. Em seguida, foi rezada a oração pela beatificação e canonização do Servo de Deus, finalizando com a aspersão de água benta, sobre o túmulo. “Para mim foi uma alegria muito grande poder participar, aqui em Juazeiro, de todas essas solenidades em homenagem aos 90 anos do Padre Cícero, elevando juntamente com os romeiros a graça de estarmos cada vez mais próximos do Senhor e próximo do povo que Ele tanto amou e que também nos ensinou a amar”, exclamou Dom Gregório Paixão, Arcebispo da Arquidiocese de Fortaleza-CE. 

Bispos do Regional Nordeste 1 – Ceará, no túmulo do Padre Cícero Foto: Thaís Cândido

O Padre Cícero José da Silva, pároco e reitor da Basílica Santuário Nossa Senhora das Dores, afirmou que essa romaria é sempre marcada por emoção e também reafirmou os ensinamentos deixados pelo Padim Ciço. “Unidos na vida com os Santuários, para bem acolher aqueles que são e sempre serão os protagonistas de uma história iniciada pelo Padre Cícero Romão. Uma Romaria intensa nos surpreendeu a quantidade de pessoas que vieram dos mais diversos Estados, não mais só do Nordeste, mas do Brasil. A quantidade de padres, haja visto a primeira Romaria do Clero da nossa Diocese. Que essa seja a primeira de muitas experiências. E olhando para o Padre Cícero Romão, vamos pedir também a Deus a coragem. Qual a coragem? Olhar para Deus com os olhos. Olhos que o Padre Cícero Romão olhou. ”

Largo da Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Foto: Thaís Cândido

Os Salesianos de Dom Bosco também estiveram presente na celebração. A obra Salesiana, presente na cidade, foi um desejo do próprio Padre Cícero Romão Batista. “Nós Salesianos, família Salesiana, estamos aqui para agradecer a Deus o dom da vida e o legado de evangelização, e do testemunho, que o Padre Cícero nos deixou. É importante citar que o Padre Cícero, desde fevereiro, também é contado entre os membros da família Salesiana. Portanto, é um dia de gratidão para todos nós membros da família Salesiana, que damos graças a Deus por todo o legado do Padre Cícero. Nós herdamos dele o amor a Jesus Cristo, a devoção a Nossa Senhora e o zelo pastoral”, afirmou o Inspetor Salesiano do Nordeste, Padre Inácio Vieira. 

Mesmo recebendo romeiros ao longo de todo o ano, esta é a romaria que abre o Ciclo de Romarias 2024-2025, que tem como tema: Servo de Deus Padre Cícero Romão, o Missionário do Sertão.

Devotos do Padre Cícero, na missa em sufrágio da alma do Servo de Deus
Foto: Thaís Cândido

Thaís Cândido